Celebrar a morte, aborrece-me. A simples ideia de evocar acontecimentos de ontem perturba-me, como se o dia de hoje estivesse suspenso... Enfim, celebrar durante 5 anos assusta-me ainda mais, pois parece que, nos próximos anos, nada haverá a fazer, exceto cumprir a liturgia que os apóstolos já começaram a desenhar...
Compreendo que haja uns tantos agradecidos e agraciados, mas não creio que este seja o melhor caminho. O que faz falta é mudar a agulha: substituir os frutos podres, podar a árvore, libertá-la do caruncho. E depois, quanto aos que não têm memória não vale a pena vaciná-los. O melhor é deixá-los construir as suas próprias memórias... e esperar que daqui uns anos não tenham a triste ideia de se quererem perpetuar nas gerações seguintes.
Finalmente, as celebrações são muitos caras... bem sei que vem aí bazuca, mas convém não esquecer que, por definição, a bazuca é uma arma cujo raio de destruição é elevado.
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