14.6.21

Escrita infraordinária

«E ainda pode escrever sobre o «infraordinário», aquilo que não é notícia.» Afonso Cruz, Jalan Jalan, pág.479

(Quem é que pode escrever? Todos. Não é necessário ser escritor, poeta, jornalista, historiador...)
Por exemplo, de momento, gostaria de escrever sobre Jalan Jalan, mas não é fácil.
 Não se trata de uma odisseia, embora refira múltiplas viagens, percursos. Não se trata de um romance, embora conte múltiplos episódios parcialmente narrativos, múltiplas experiências em lugares, por vezes, próximos... sobretudo distantes. Experiências enriquecedoras, porque fruto da atenção dada ao outro - geralmente com um ponto de vista inesperado e menos comprometido. Não se trata de um livro de auto-ajuda, embora o leitor se sinta frequentemente agradecido pelo incentivo, pela interpelação do lugar-comum...
Em síntese, este livro, inclassificável, resulta do cruzamento de leituras, de viagens, de experiências... e, em particular, de uma navegação orientada para a construção de uma humanidade melhor, com o precioso contributo do passado através da revisitação das ideias de todos os continentes...

(Caruma  é o típico exemplo de escrita infraordinária. )

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