22.9.21

Não é uma eira...

Não é uma eira, mas pode ter sido. Dois bancos amputados (na foto) não servem de nada… Tal como surgem, grande é o risco de se virarem, deitando ao chão os incautos de passagem…
Tempos houve em que a eira acumulava maçarocas, outros cereais, figos e passas de uva, à espera de triagem, de esbulho ou de secagem… e sobretudo de aparvoadas conversas. Tudo acabava por ser dito, pondo ponto final ou abrindo novo parágrafo…
E quanto ao que não foi dito no devido tempo, é tarde para o reconstituir. E sobretudo é perigoso, porque as palavras já não procuram o crivo, estatelando-se no terreiro.

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