18.1.22

Jorge Castanho, Estátuas Tenras (edição de autor)

Há dias, prometi ao Jorge Castanho que iria escrever sobre as suas Estátuas Tenras, mas, afinal, não posso cumprir a promessa, porque ele escreve como nenhum outro escritor que eu tenha lido...
Em cada página de Estátuas Tenras, a Bic modela as sensações de quem vai mapeando o território diurno e noturno, de quem sobe da raiz ao pensamento, de quem vai registando as anomalias (in)visíveis, de quem se apropria do simbólico para abrir novos horizontes, de quem denuncia o capitalismo que captura a obra, transformando-a numa mercadoria.
Em cada página de Estátuas Tenras, revivemos a infância e subimos pela árvore nela desenhada, reencontrando-nos, a cada passo, em lugares já vividos, sendo convidados, através de uma evocação, de um quadro, de um poema, a iniciar uma nova viagem, mesmo se confinados.
Logo, vou continuar a ler, esperando que o Jorge continue a escrever.

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