8.9.24

Essa estrada, ao volante...

Acabei de ler O Mistério da Estrada de Sintra, de Eça de Queirós e de Ramalho Ortigão, folhetim terminado a 27 de Setembro de 1870.
Dizem-me que devo considerar este mistério como o primeiro romance policial português. Quem sou eu para dizer algo de diferente? 
Durante a leitura, pressenti que Edgar Allan Poe e Charles Baudelaire não andariam longe... e sobretudo, pensei que os autores desta obra seriam leitores compulsivos de tudo o que de 'romântico' e de' realista' ia sendo escrito por terras de França..., prontos a farpear costumes de que eles próprios nunca se libertariam por inteiro...
... e lá no fundo, voltou-me à memória a ideia de que toda a vida li o que me foi imposto sem qualquer critério... a não ser o de 'obra prima', o que acaba por ocultar a matriz da maioria das obras. Flutuantes,  estrelas de um universo à deriva...
Talvez seja por isso que cada vez mais se aposta no gratuito e no absurdo.

(Ficou-me o Carlos Fradique Mendes que eu imaginara surgido de outras águas, ou seria de um vulcão?

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