Um olhar despreconceituado… ou talvez não. A verdade é tudo o que nós ignoramos.
20.4.15
O desconsolo de tanto naufrago da terra
10.8.12
Um Passeio pela História
«Que me importa /o perfume das rosas /os lirismos da vida /se meus irmãos têm fome?»Agostinho Neto, A Renúncia Impossível
Ao longo dos anos, fui construindo enunciados cujo fim era sintetizar conhecimento e contribuir para a formação de uma sociedade mais justa e mais livre. Entretanto, céptico, fui assistindo ao crescimento da liberdade que foi pondo termo aos vários muros instalados um pouco por todos os continentes. E essa desconfiança tinha razão de ser pois, nas últimas décadas, essa liberdade em vez de trazer mais justiça trouxe mais desigualdade.
Ao arrumar os papéis, indeciso entre rasgá-los e queimá-los, acabei por tomar a decisão de os disponibilizar. Incompletos e trapalhões, vou-os deixando em http://sites.google.com/site/salamcg/…
Nesses papéis, encontrei os versos do poeta Agostinho Neto, que cito porque também ele sentiu a confusão bíblica que se instalara entre os homens. E por caso, hoje, vi parte de um filme sobre François Mitterrand “Um Passeio pela História”, e dei comigo a pensar que aquele homem, que governara a França entre 1981 e 1995, tinha percebido completamente os perigos que a Europa corria, pois, em vez dos princípios, o mundo passara a ser dirigido pelo capital.
28.7.11
A pobreza…
Na cidade, a pobreza é mais grave.
Invisibilidade. Violência. Indigência.
A pobreza na cidade é mais grave do que nos campos, porque é possível escondê-la, dela morrer anonimamente; porque a rejeição e a marginalização despertam naturalmente uma resposta violenta; porque facilmente se cai na indigência, perdendo qualquer sentimento de auto-estima, qualquer traço de humanidade.
Neste cenário, que medidas tomam os governos contra a pobreza nas cidades? Apenas pensam na recapitalização da banca! Como se a banca não fosse uma das causas da desgraça que cai sobre nós!
À pobreza, a banca nada diz. A banca só arrasta para a pobreza…
Um governo que pensa mais na banca do que na invisibilidade, na violência e na indigência dos governados, é porque apenas serve o capital. É um pobre governo!
20.6.11
Na balança da Europa