28.5.13

O Caso de Barbacena

O Centro de Estudos de História Religiosa da Universidade Católica realizou, ontem, a apresentação da obra O Caso de Barbacena: um pároco de aldeia entre a Monarquia e a República da autoria de Margarida Sérvulo Correia.
Na perspetiva do prof. João B. Serra, esta obra deve ser classificada como um ensaio biográfico sobre a vida do Cónego João Neves Correia, mas que abre caminho a uma melhor compreensão do modo como a Igreja Católica intervinha nas questões que opunham o povo, na defesa do direito ao uso comunitário do solo, aos interesses dos latifundiários que se iam apropriando das terras, condenando a população à fome ou à emigração.
Desde já agradeço à professora, investigadora e amiga Margarida Sérvulo Correia o convite que me fez para estar presente na apresentação da sua nova obra , convencido que, em tempo oportuno, voltarei a referir-me ao seu contributo para um melhor esclarecimento de questões que, se bem analisadas, poderão ajudar a melhor compreender as desigualdades que ainda hoje minam a sociedade portuguesa.

26.5.13

Nem sombra de areia na Praia do Matadouro - Ericeira

Nem sombra de areia na praia do matadouro. Só vento frio! A situação pode parecer ocasional, mas duvido.

O parque de campismo da Ericeira está quase vazio, o percurso pedonal ao abandono. Na autoestrada, Ericeira – Lisboa e vice-versa, quase ninguém: um ou outro veículo com marcas de final de taça (de Portugal? da Liga?) ventosa lá para o Jamor!

Um regresso antecipado, mas tranquilo! Ruas desertas, o quiosque dos jornais vazio, só na boutique do pão, a fila cresce desmesuradamente, talvez, porque já só sobra para  enganar o estômago.

Enquanto isso, vou lendo os títulos da imprensa online. A maioria vai dizendo que os portugueses estão no bom caminho! Só se for o dos defuntos!  


25.5.13

Aqui chegado…




Aqui chegado , de pouco me serve a revolta ou o compromisso, o caminho que me falta percorrer exige que olhe atentamente o solo  onde coloco pés e que não desperdice energia, pois o vento se encarregará de aproveitar qualquer distração.

É mais fácil lançar-se ao mar do que regressar!

24.5.13

Um banco vegetal



No caso de morar ali alguém será por pouco tempo. Todavia uma coisa o desalojado terá assegurada: um banco vegetal! Pode parecer pouco, mas tem assento e espaldar para poder descansar e, se quiser dormir, a enxerga é de relva aparada.

E como há quem diga que o futuro a deus pertence, fico-me pelo presente!

7 não rima com 17!

7 não rima com 17! Uma greve no dia 7 de junho em vez do dia 17 não tem qualquer impacto. Será compensação pela redução do raio da mobilidade? Mobilidade que não pode ultrapassar os 65 quilómetros, grande vitória!
Parece-me, até pelos ilustres antecedentes, que alguém irá ser nomeado brevemente para um dos anexos do poder. Resta saber, quem e para onde!
Assim, não!

23.5.13

Uma película muito fina...

Há quem, preocupado com o futuro da língua portuguesa, organize um «encontro mundial» em Paris. Estranha escolha! A velha Sorbonne continua a cativar paisanos deslumbrados com a cidade da luz...
O "futuro da língua portuguesa" é um tema promissor, mas, no meu entender, melhor seria que se olhasse para o presente da língua nos lugares onde ela se realiza, no significado das variedades do português e no modo como estas consolidam ou inviabilizam a construção de identidades culturais.
Basta entrar numa sala de aula para perceber que a língua está reduzida a uma película muito fina que nada conserva da sua génese, da sobranceria do colonizador, da revolta do colonizado e das tentativas de diálogo entre grupos de matrizes bem distintas. A dimensão histórica da língua é ignorada a cada passo e esta não passa de um tolo catavento.
Se não arrepiarmos caminho, a "língua portuguesa" não terá qualquer futuro, a literatura tornar-se-á incompreensível, ficando apenas ao alcance de uma minoria, as pontes de diálogo quebrar-se-ão.
Não se trata já de saber se continuaremos a falar a mesma língua, mas se nas últimas décadas não matámos a língua portuguesa, pelo menos na variedade europeia.
A escolha de Paris para realizar o "encontro mundial" é já um indicador seguro da competência de quem gere a política da língua portuguesa.
Mas compreende-se! Haverá sempre quem prefira Paris, Berlim, Londres, Nova Iorque, Camberra, Pequim, Tóquio...  
 

22.5.13

Lisboa, às 14 horas…





Quatro tempos! Do fontanário monumental ao pink! No intervalo, o pragmatismo de Ventura Terra, já distante do espiritualismo, mas ao serviço da res publica. Entretanto, houve tempos em que no templo se defendiam  ideias semelhantes às do falanstério socialista.

Hoje, o rosa alastra, só o consumo interessa! No entanto, às 14 horas, as ruas da cidade estão quase desertas…

/MCG