Entranha-se a indisciplina, apesar de bem-educada... - Oh, desculpe, não sei o que se passa comigo; não consigo estar atento, dormi pouco. De facto, perco-me em viagens sem destino: parto, mas inesperadamente capitulo. Estou e não estou. A História não me interessa - é passado e eu sou o presente sem futuro... tempo de brejeirice, embora eu não saiba bem do que se trata, talvez piadas sem espinhas ou nus lânguidos, em posições convidativas... isso, o telemóvel do meu amigo é fantástico! Que pena não ter um igual! Ah, como eu seria feliz! Por enquanto, contenta-me um olhar furtivo...
Entranha-se a irresponsabilidade, apesar de democrática... - Vamos dar-lhes a palavra derradeira, uma palavra nocturna, embora só eu saiba do que eles precisam. Por isso, dou-lhes a palavra, mas guardo as passwords só para mim... Sempre que quiserem entrar no templo, hão-de passar por mim, mas, primeiro, ficam à espera - a ansiedade torna-os mansos! - até perderem a vontade de perguntar. Malditas perguntas, lembram crianças esquecidas de crescer...
- Há 100 anos, o rei preparava-se para morrer. Ele nunca o disse, mas lá no fundo ele queria ser republicano. Estava cansado das telas do mar, do suicídio dos amigos e das noites góticas... Via-se cair às mãos dos anarquistas, amortalhado por coristas e fadistas sob o olhar guloso da rainha...