16.8.09
Um olhar peregrino
15.8.09
Lugares de Astorga
1.8.09
Como ainda não confirmei o "étimo" de Gerês"
31.7.09
Os Pinhos que se cuidem!
29.7.09
A Serra Amarela
27.7.09
Pingue-pongue…
Hoje é igual a lugares: da Portela de Loures / Sacavém ao Saldanha (Escamões / Fórum Picoas); do Saldanha a Alcântara; de Alcântara à Galp da 2ª Circular; da 2ª circular ao shopping de Torres Novas; do shopping ao Lar de S. Bento; do Lar de S. Bento a Aveiras; de Aveiras a Mem Martins (Ouressa), passando por ESSanta Maria na outrora Portela (Sintra); de Sintra a Mem Martins (Pera Doce); de Mem Martins ao lado esquerdo da Rua do Ouro; da Rua do Ouro à Portela de Loures / Sacavém…
Na rádio, em fundo, enquanto contemplo os vinhedos de Arruda, oiço o despique entre o PS e o PSD e penso que as encostas verdejantes deste país são mais belas que os políticos do meu país – florescem alheias à crise e se o sol ou a chuva faltam não se queixam. E reflicto nos gestos ora de minha mãe ora de minha filha que, imperturbáveis, vivem o enigma: da contemporaneidade do homem (video experimental). A seu modo, ambas se recusam a seguir um rumo diferente daquele que sonharam, mesmo que o próximo movimento seja de queda no abismo…
E como se o dia precisasse de ser legitimado reencontrei finalmente o (António José) Silva Carvalho, ilustre desconhecido da cena literária, igual a si próprio, desterrado no Algueirão que porfia em remar ( “pescador” da Póvoa de Varzim ou será de Vila do Conde?) contra a Mediocridade, edições Aquário:
O QUE É?
Que se poderá ainda escrever / que não tenha sido escrito? / Tudo. Nada foi escrito para o que é,/ para o que está a acontecer. / A palavra de ontem é de ontem, / de outro lugar, de outro tempo. / Não serve para sugerir o que agora / se está a passar, a passagem / sem limites diluindo-se em consciência de um tempo e de um espaço./ (…) 11.07.2000
25.7.09
Os novos figurões…
Em vez de apostar no país, os partidos apostam cada vez mais em castas. Criam-se novos figurantes e reconhece-lhes nobres lutas…, quando, na maioria dos casos, nem minorias representam. Entram em cena endeusados, à medida dos plasmas a que acedemos por “fibra”… Ou será por ráfia?
Qualquer português consegue identificar meia dúzia dos problemas que nos atormentam e, também, conseguirá apontar duas ou três soluções… No entanto, nenhum dos novos portugueses sabe ir além do seu círculo de amigos (e de palavras), de tão globais que são perderam a noção do local. E as melhores soluções são locais. As soluções globais são sempre devastadoras!
Por uns tempos, vamos ouvi-los perorar uma linguagem barroca, sedutora. Aos amigos dirão que o orçamento é vasto e que a cultura não mais será ultrajada. Aos amigos prometerão que “casar” voltará a significar “juntar casas” e que as leis que contrariam os seus impulsos serão revogadas. Aos amigos imporão a lei do mais forte, do mais mecânico… Aos amigos reafirmarão que não haverá mais limites nem fronteiras… Aos amigos mostrarão que nada há de ignóbil em acumular riqueza…
E os restantes, a maioria, nada poderão dizer, propor, impor… apenas lhes é exigido que, inebriados, votem no dia certo, à hora certa, nos novos figurões.