27.7.09

Pingue-pongue…

Hoje é igual a lugares: da Portela de Loures / Sacavém ao Saldanha (Escamões / Fórum Picoas); do Saldanha a Alcântara; de Alcântara à Galp da 2ª Circular; da 2ª circular ao shopping de Torres Novas; do shopping ao Lar de S. Bento; do Lar de S. Bento a Aveiras; de Aveiras a Mem Martins (Ouressa), passando por ESSanta Maria na outrora Portela (Sintra); de Sintra a Mem Martins (Pera Doce); de Mem Martins ao lado esquerdo da Rua do Ouro; da Rua do Ouro à Portela de Loures / Sacavém…

Na rádio, em fundo, enquanto contemplo os vinhedos de Arruda, oiço o despique entre o PS e o PSD e penso que as encostas verdejantes deste país são mais belas que os políticos do meu país – florescem alheias à crise e se o sol ou a chuva faltam não se queixam. E reflicto nos gestos ora de minha mãe ora de minha filha que, imperturbáveis, vivem o enigma: da contemporaneidade do homem (video experimental). A seu modo, ambas se recusam a seguir um rumo diferente daquele que sonharam, mesmo que o próximo movimento seja de queda no abismo…

E como se o dia precisasse de ser legitimado reencontrei finalmente o (António José) Silva Carvalho, ilustre desconhecido da cena literária, igual a si próprio, desterrado no Algueirão que porfia em remar ( “pescador” da Póvoa de Varzim ou será de Vila do Conde?) contra a Mediocridade, edições Aquário:

O QUE É?

Que se poderá ainda escrever / que não tenha sido escrito? / Tudo. Nada foi escrito para o que é,/ para o que está a acontecer. / A palavra de ontem é de ontem, / de outro lugar, de outro tempo. / Não serve para sugerir o que agora / se está a passar, a passagem / sem limites diluindo-se em consciência de um tempo e de um espaço./ (…) 11.07.2000

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