22.2.25

Alemanha...

Divididos, diria radicalizados... 
Seja qual for o resultado das eleições de 23 de fevereiro, os alemães não vão querer cair nas mãos dos americanos, dos russos ou dos chineses... o que significa que o orgulho alemão vai fazer sentir-se nos próximos anos...
Infelizmente, o levantar da cabeça alemã deve preocupar-nos, porque tal significa produção intensiva de armas de modo a recuperar o poderio de outras épocas com as consequências que todos conhecemos ou deveríamos conhecer.
Não acredito que os alemães queiram continuar a depender do 'humor' americano e, sobretudo, queiram manter tropas americanas no seu território. 
Há quem pense que Trump é que impõe as regras, pode ser. Mas os alemães vão aproveitar para se 'libertarem' da presença estrangeira, voltando-se para dentro... e quem não os acompanhar candidata-se a sofrer as consequências...
Dos resultados eleitorais sobrou a divisão, a falta de coragem para afastar os 'demónios' do passado.
(...)
Entretanto, parece que na Alemanha há cada vez mais atrasos nos transportes, nos correios... 

19.2.25

A cor mais adequada

Em fevereiro, o azul esbateu-se, apesar da pompa e das recriminações... A cor mais adequada parece ser o cinzento, sobretudo quando espreitamos o céu do Papa Francisco, que, por estes dias deve estar a fazer contas à vida, cada vez mais distante da pompa e mais perto da porta de São Pedro... Pode ser que o Sol ainda abra e que a Terra não trema!
Não confundir esta abertura com as cores do Carnaval que se avizinha! E já agora, na terra lusitana, a folia já chegou. Basta espreitar o que se passa no Parlamento... uma folia despudorada, sem lei nem roque... como diria o Poeta.

16.2.25

De azul...

 

Há quem consiga, literalmente, viver de bem com Deus e com o Diabo.

Raramente me referi a Jorge Nuno Pinto da Costa, porque o cinismo sempre me incomodou.

Vejo, agora, no ecrã um mural que o coroa como rei. Na hora, talvez, a coroação faça sentido... só que os súbditos deixam muito a desejar. Vão certamente manifestar-se... espero que, desta vez, vistam de azul e que façam silêncio...

A beatificação parece-me ser excessiva. No entanto, estou seguro que no ato não faltará cardeal, o que intensifica a minha descrença nos homens... 

Entretanto,  ao olhar o Tejo que deixa que a terra lhe ocupe o leito, sossego.

10.2.25

Sem esperança

Fevereiro avança sem esperança, não fosse a chuva, a espaços...
China e EUA trabalham afincadamente para assinarem novo Tratado de Tordesilhas.

A União Europeia e a Rússia parecem não querer compreender que a esperança não está no confronto territorial, mas na aproximação politica, económica e cultural.

Se o problema está na péssima qualidade dos mandantes, os rebanhos, também, não ajudam nada: só o pasto lhes interessa... e os rebeldes estão cada vez mais atraídos pelo abismo.
Finalmente, 'les chouans' não olham a meios para se apoderarem do alheio.

4.2.25

Isto vai mal...

Levanta-se a suspeita, acusa-se, julga-se na rua... e sete anos mais tarde, arquiva-se o processo. Medina que o diga!
Há Ministérios em que as chefias se esquecem de avaliar o período experimental, ignoram a contratualização de objetivos, não despacham a horas. E porquê? 
Desempenham outros papéis fora do local de trabalho... respeitando uma velha tradição, transmitida dos avós de outras eras.... senhores caprichosos e, em regra, incompetentes que se escudam em artigos e parágrafos invisíveis para impor um obsoleto critério de antiguidade, diga-se, de nepotismo.

31.1.25

Encruzilhada

Não me enganei no caminho, mas chegado a 2025, não sei como continuar e se vale a pena...
De regresso a 2006, verifico que as postagens contêm demasiados erros e que algumas fotos desapareceram...
Durante algum tempo, pensei que a memória poderia ajudar a construir, mas, pelo que se observa, a memória já não ensina. Cristaliza como prova de imperfeição e, por vezes, traz consigo uma dúvida impiedosa....

26.1.25

Z Marcas

Z Marcas é uma personagem criada por Balzac. 
De origem humilde, Z consegue estudar, alcançando um patamar de conhecimento superior em domínios nevrálgicos - direito, oratória e política...
No entanto, a sua condição social e económica coloca-o numa posição de serviço. Serve políticos medíocres e arrogantes, que dele se esquecem logo que os ministérios se desfazem, o que, à época, era frequente...
Não consegue sair da condição de desprezado e esquecido porque lhe falta o capital necessário para comprar uma casa em Paris. Vive de trabalho de 'copista' para advogados reconhecidos que não lhe pagavam o suficiente para mandar fazer um fato, pagar a renda de um minúsculo quarto e para se alimentar convenientemente.
Vive em silêncio austero, raramente interrompido. 
No quarto ao lado, moravam dois estudantes pobres, cujas famílias insistiam que eles deviam formar-se em medicina e direito, profissões sem sucesso à data. Só lhes restava emigrar!
(...)
Desiludido, Z Marcas deixa-se morrer por 'amor à pátria' em terra de gente sem escrúpulos. 

A condição de deputado só estava ao alcance de gente abonada ou que fosse protegida pela 'nobreza' da época.