Ali, a 500 metros da nascente do Alviela,
sós,
os olhos jorram uma torrente circular,
um redemoinho virado do avesso.
A diferença que faz a água!
Sem ela,
os olhos não passariam
de duas bossas petrificadas.
Em tempos, passei por elas,
e quase que não deixavam qualquer sinal em mim...,
mas, hoje,
os meus olhos secos
procuram naqueles olhos líquidos
a causa da emoção
que redemoinha dentro de mim.
/MCG
Numa nascente, numa fonte, num riacho, num ribeiro, num rio cresce ou corre um mar de água.
ResponderEliminarA montante e a jusante tudo é líquido, tudo é demasiado longe, tudo é irremediavelmente perto, tudo... num abrir e fechar de olhos.
Faz-se luz, cerram-se as comportas, tudo é breve.
Água ou lágrimas, tanto faz, quando ainda há vida e as algas acariciam o rés dos olhos...