Nascido a 28 de Janeiro de 1916, Vergílio Ferreira (homem, professor e obra) foi lembrado na ESCAMÕES.
Num auditório meio cheio,
Helder Godinho, Ana Turíbio, João Lucas, Valente Rosa, Madalena Contente, Cristina Duarte, todos deram, com rigor, conta do afecto e da veneração que continuam a sentir pelo amigo, mestre e acérrimo defensor da língua portuguesa.
A lição foi de tal modo harmoniosa que a assistência se encontrou por momentos seduzida e mergulhada num estranho rito de iniciação.
Não sei se os jovens terão decidido desfolhar a obra ou se ficaram a pensar em procurar o sentido da vida. Sei, no entanto, que este encontro é daqueles que fazem falta, mesmo se mediados pelo texto ou pela voz.
E por tudo isto é imperdoável que estes “encontros” não sejam gravados.
Quando delapidamos a memória, amputamos o futuro.
Lamentavelmente faltei a este encontro, quebrando assim a minha assiduidade aos restantes encontros.
ResponderEliminarGostei dos seus bold's no post, o verbo "encontrar" sempre tão bem demarcado nas obras de Vergílio Ferreira.
Por vezes existe mesmo essa necessidade, o encontro, com nós próprios. Sinto, mais do que desejaria, um descolar tremendo em certas situações. Ignoro, desprezo, ridicularizo. É a vida. Talvez seja a maneira que arranjo, um tanto parecida com uma cápsula de segurança [refúgio], para fugir às intempéries do quotidiano.
É a vida.