7.2.09

Dá vontade de meter o malho no Santos Silva.

Num cuteleiro, de avental ao torno, / Um forjador maneja um malho, rubramente.” Cesário Verde, Sentimento dum Ocidental

Queria o Cesário explicar que malhar (o ferro, os cereais) é uma actividade produtiva, ao contrário, por exemplo, de uma certa sociologia de pacote que nos tem sido impingida desde o 25 de Abril, quando me entrou pela casa dentro um malhador, de mangual sonoro, a querer malhar em toda a gente, à sua direita e à sua esquerda…

Um malhador ministro!

Um malhador ex-ministro da Educação, ex-ministro da Cultura de que ninguém conhece obra.

Resta-me tentar convencer os meus alunos que um forjador é mais útil à Nação que um malhador letrado!

A talho de foice plebeia, confesso que nunca suportei as teses do académico Santos Silva: faltava-lhes conhecer o malho, isto é, lê-las era o mesmo que malhar em ferro frio!

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