“Num cuteleiro, de avental ao torno, / Um forjador maneja um malho, rubramente.” Cesário Verde, Sentimento dum Ocidental
Queria o Cesário explicar que malhar (o ferro, os cereais) é uma actividade produtiva, ao contrário, por exemplo, de uma certa sociologia de pacote que nos tem sido impingida desde o 25 de Abril, quando me entrou pela casa dentro um malhador, de mangual sonoro, a querer malhar em toda a gente, à sua direita e à sua esquerda…
Um malhador ministro!
Um malhador ex-ministro da Educação, ex-ministro da Cultura de que ninguém conhece obra.
Resta-me tentar convencer os meus alunos que um forjador é mais útil à Nação que um malhador letrado!
A talho de foice plebeia, confesso que nunca suportei as teses do académico Santos Silva: faltava-lhes conhecer o malho, isto é, lê-las era o mesmo que malhar em ferro frio!
Sem comentários:
Enviar um comentário