10.2.09

Em tempo de anacronismos…

Há no ar uma enorme mistificação. À maneira romântica, constrói-se o anacronismo: depois do Salazar asceta, o Salazar libertino!

Vira-se o tempo do avesso e gera-se um Salazar ao gosto da nova plebe. Pra quê? Não deve ser só para captar receitas publicitárias!

A austeridade, o rigor, a sobriedade e a solidão do seminarista  dão lugar a um homem novo – mulherengo, intriguista e fútil…

A misoginia do ditador é substituída pela delinquência do homem medíocre…

Quem escreve o guião sabe bem a quem aproveita o anacronismo…

Ao desrespeito, à calúnia e à mentira…

2 comentários:

  1. O nosso povo tem que abri os olhos á 30 anos que nos enganam agora vaem com esta estória muito mal contada até parece que o homem não fazia mais nada éra só mulherengo TANTA MENTIRA NÃO SEI PARA QUÊ O HOMEM JÁ NÃO SE PODE DEFENDER.

    VOZ DO GOULINHO

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  2. Audiências. Único objectivo destes programas abjectos. Em mim, só um sentimento domina: o mais profundo asco.

    Para pategos, qualquer lixo serve. Sublime é algo que lhes transcende.
    Agora temos Salazar O Engatarão, teremos certamente Salazar O Proxeneta, e quiçá, Salazar O Passador.
    Isso sim, grande homem. Glorificar a memória de um ditador, fascista, através das suas ignóbeis conquistas sexuais.
    Quer lá o povo saber -- leia-se telespectador -- se o homem mandava matar! Querem é saber quantas levou ele para a cama. Quantas engravidou. Isso é que é matéria da mais interessante.

    Haja paciência.

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