Omnipresentes desde Abril 74, os cravos tornaram-se objeto de manipulação laboratorial. Aparentemente, vão perdendo a genuinidade, apesar dos enxertos sofridos desde tempos imemoriais.
“Genuíno”, “natural”, “legítimo”, “sem mistura”, mais não são que noções que revelam a incapacidade de aceitar a mudança, e essa é permanente não, em si, mas porque os homens são mortais.
Uma boa parte dos nossos problemas tem origem na visão desfocada, na cópia de um tempo cristalizado.
E por isso é necessário deixar morrer o que há muito está morto: a falência é um imperativo!
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