21.7.12

Virtuosa Pátria

Eram homens afáveis que passavam a mão pelos cabelos das crianças, mas que deixavam cair os irmãos, os amigos e os servidores. Faziam-no com elegância, um olhar benévolo… mas, chegada a hora, tornavam-se invisíveis.

Estes homens melífluos que passavam a viver na sombra, rodeados de fâmulos que agiam por conta própria, eternizavam-se nas cátedras, nos cargos… e acabavam sempre por ser condecorados pelos serviços prestados à Pátria.

E a Pátria vai os acolhendo no seu regaço e passa-lhes as mãos pela cabeça e esquece-os…

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