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8.8.12

Dos que furtam com unhas invisíveis

Tela praevisa minus nocent.
A lição é de S.Jerónimo e vem citada na ARTE de FURTAR.
No essencial, significa que temos que aprender a ver o mal antes que ele nos prejudique. O caso é que a TMN insiste em cobrar todos os dias 1,07 euros, mesmo depois de ter procedido à alteração da relação contratual e de ter assegurado ao cliente que, num prazo de 24 horas, lhe iria desligar o acesso à internet.
O objetivo do cliente era reduzir custos, mas a TMN, com unhas invisíveis, insiste em aumentar-lhos.
Quantos cidadãos são diariamente presa destas unhas invisíveis?
 
24.03.2013
A Arte de Furtar é das poucas obras que não corre o risco de ficar obsoleta. Ainda na última semana, a União Europeia e o FMI institucionalizaram a rapina eletrónica. Vai-se à conta bancária do cliente e subtraem-se 20%! Dizem que acima de 100 mil euros..., em Chipre. No futuro, tudo é possível!
   

21.7.12

Virtuosa Pátria

Eram homens afáveis que passavam a mão pelos cabelos das crianças, mas que deixavam cair os irmãos, os amigos e os servidores. Faziam-no com elegância, um olhar benévolo… mas, chegada a hora, tornavam-se invisíveis.

Estes homens melífluos que passavam a viver na sombra, rodeados de fâmulos que agiam por conta própria, eternizavam-se nas cátedras, nos cargos… e acabavam sempre por ser condecorados pelos serviços prestados à Pátria.

E a Pátria vai os acolhendo no seu regaço e passa-lhes as mãos pela cabeça e esquece-os…

19.2.12

Embora não pareça…


Embora não pareça, o aprumo de nada lhe serve: os ramos murcharam e as pinhas secaram.

Em torno, o verde ainda desponta, mas a seca não perdoa.

Longe dos caminhos, continuam a desfilar as máscaras, indiferentes ao incêndio que alastra.

27.10.11

Andaimes…

Interioridade e exterioridade são apenas andaimes - metáfora labiríntica da impotência.

Construímos portas e pontes, apenas para experimentar entrar e sair. Tantas vezes, repetimos o gesto que morremos!

Traídos, quando o andaime falta…

11.10.11

Preconceito ou desfaçatez?

O desassossego cresce sempre que a tomada de decisão se avizinha.

Na maioria das situações, o resultado é calculado. E nem a infinidade de itens esconde a manipulação.

É como se o valor das parcelas fosse fingido para que a soma final mais não seja que a confirmação do preconceito.

Resultados há, no entanto, que nem o preconceito consegue justificar tal é a desfaçatez!

21.5.11

Um país injusto…



Número de pensões douradas do Estado aumenta 400% na década. (DN, 21 Maio 2011)

Será verdade que, em contrapartida, o número de reformados que recebe a pensão mínima, entre 250 e 500 €, diminuiu 26%? Ou que o número de reformados que recebe uma pensão entre 500 e 750€ só cresceu 8%?

Porque será, então, que muitos portugueses vivem da caridade ou se vêem obrigados a continuar a trabalhar?

Por outro lado, para explicar quem são os portugueses que beneficiam dessas pensões douradas, Jorge Nobre dos Santos, líder da FESAP (Há quantos anos?) declara: «são grupos profissionais que costumam ter salários mais elevados e que mais descontaram.» Mas será mesmo verdade? Não haverá muitos portugueses a receber reformas douradas sem terem feito descontos significativos? Quantos?

O DN bem podia contribuir para esclarecer estes equívocos em vez de dar voz a quem bem sabe que, se as pensões correspondessem aos descontos efectivamente realizados, a Caixa Geral de Aposentações não teria problemas de tesouraria.

O que hoje se está a passar na CGA é que os maiores contribuintes passaram a ser os mais penalizados.