A lição é de S.Jerónimo e vem citada na ARTE de FURTAR.
Um olhar despreconceituado… ou talvez não. A verdade é tudo o que nós ignoramos.
8.8.12
Dos que furtam com unhas invisíveis
A lição é de S.Jerónimo e vem citada na ARTE de FURTAR.
21.7.12
Virtuosa Pátria
Eram homens afáveis que passavam a mão pelos cabelos das crianças, mas que deixavam cair os irmãos, os amigos e os servidores. Faziam-no com elegância, um olhar benévolo… mas, chegada a hora, tornavam-se invisíveis.
Estes homens melífluos que passavam a viver na sombra, rodeados de fâmulos que agiam por conta própria, eternizavam-se nas cátedras, nos cargos… e acabavam sempre por ser condecorados pelos serviços prestados à Pátria.
E a Pátria vai os acolhendo no seu regaço e passa-lhes as mãos pela cabeça e esquece-os…
19.2.12
Embora não pareça…
Embora não pareça, o aprumo de nada lhe serve: os ramos murcharam e as pinhas secaram. Em torno, o verde ainda desponta, mas a seca não perdoa. Longe dos caminhos, continuam a desfilar as máscaras, indiferentes ao incêndio que alastra. |
27.10.11
Andaimes…
Interioridade e exterioridade são apenas andaimes - metáfora labiríntica da impotência.
Construímos portas e pontes, apenas para experimentar entrar e sair. Tantas vezes, repetimos o gesto que morremos!
Traídos, quando o andaime falta…
11.10.11
Preconceito ou desfaçatez?
O desassossego cresce sempre que a tomada de decisão se avizinha.
Na maioria das situações, o resultado é calculado. E nem a infinidade de itens esconde a manipulação.
É como se o valor das parcelas fosse fingido para que a soma final mais não seja que a confirmação do preconceito.
Resultados há, no entanto, que nem o preconceito consegue justificar tal é a desfaçatez!
21.5.11
Um país injusto…
Número de pensões douradas do Estado aumenta 400% na década. (DN, 21 Maio 2011)
Será verdade que, em contrapartida, o número de reformados que recebe a pensão mínima, entre 250 e 500 €, diminuiu 26%? Ou que o número de reformados que recebe uma pensão entre 500 e 750€ só cresceu 8%?
Porque será, então, que muitos portugueses vivem da caridade ou se vêem obrigados a continuar a trabalhar?
Por outro lado, para explicar quem são os portugueses que beneficiam dessas pensões douradas, Jorge Nobre dos Santos, líder da FESAP (Há quantos anos?) declara: «são grupos profissionais que costumam ter salários mais elevados e que mais descontaram.» Mas será mesmo verdade? Não haverá muitos portugueses a receber reformas douradas sem terem feito descontos significativos? Quantos?
O DN bem podia contribuir para esclarecer estes equívocos em vez de dar voz a quem bem sabe que, se as pensões correspondessem aos descontos efectivamente realizados, a Caixa Geral de Aposentações não teria problemas de tesouraria.
O que hoje se está a passar na CGA é que os maiores contribuintes passaram a ser os mais penalizados.