Cada vez que morre um comunicador, há logo quem afiance que a sua voz ficará para sempre. Não valeria a pena exemplificar se, de facto, isso fosse verdade. Por exemplo, quantos reconhecem hoje a voz de Vitorino Nemésio?
Embora existam registos audiovisuais dessa voz, ninguém sente necessidade de os divulgar. Porquê? Provavelmente pela natureza da mensagem! Do fascínio de outrora pouco resta, talvez porque a eloquência nos impeça de ver a obra.
Todavia, de Cristo ou de Maomé nem rosto nem voz, mas isso não impede que a mensagem continue a incendiar a terra.
Só um narcisista se atreve a enunciar a elocução “Para sempre!”
/MCG
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ResponderEliminarDe Nemésio, de Mourão-Ferreira e de uns quantos mais se 'esqueceram' as vozes que tinham, que parece não haver já quem as queira ouvir.
EliminarComunicadores 'à jamais': tanto 'para sempre' como 'para nunca'!...
A morte tem destes arrepios...