11.1.17

Névoa

Desilusão? Talvez!
No entanto, sinto dificuldade em determinar se houve um tempo de ilusão, no sentido em que o imaginário é o que está por descobrir, por construir, por melhorar...
Sei que a História está cheia de madrugadas radiosas, as minhas, contudo, foram sempre enevoadas, sem que, alguma vez, me tenha imaginado redentor de qualquer ilha ou continente.
Porque a terra é um lugar de tristeza, admiro quem celebra a alegria, porém tudo faço para não me deixar inebriar, porque a fronteira é indistinta.
Apesar de tudo, a névoa em que vivo não é minha - como tal não necessito de padre ou de analista - uma névoa que, a pouco e pouco, submerge as margens em que arrisco cada dia...
Estranho é admitir um qualquer estado de desilusão se nunca a ilusão amanheceu. 
Estou mesmo a ver que, um destes dias, tudo é nada.

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