Nas sociedades democráticas, a palavra é evitada pois a 'impureza' é reconhecida como uma característica da natureza humana.
No entanto, se observamos a realidade social, verificamos facilmente que os processos de exclusão dos mais fragilizados se multiplicam um pouco por toda a parte.
Nos hospitais e nas prisões, há espaços reservados à impureza física, comportamental e mental - sempre com o fito de preservar a saúde e a paz social.
Nas escolas, os mecanismos de purga coabitam com os de integração, porque, afinal, a escola é o lugar onde tudo é possível - coage-se o indisciplinado e integra-se o impossível.
Paradoxalmente, os mais astuciosos continuam a usufruir de privilégios que atentam contra a construção da sociedade democrática.
Amanhã, terá início o tempo da purga sem que seja necessário recorrer a qualquer sinónimo mais aliciante.
(Pretexto: a purga de uma garrafa de gás GALP; uma simples bolha de ar pode incomodar, deixando-nos à mercê das temperaturas mais rigorosas...)
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