Observemos o seguinte fragmento do Livro do Desassossego:
«Para alguns que me falam e me ouvem, sou um insensível. Sou, porém, mais sensível - creio - que a vasta maioria dos homens. O que sou, contudo, é um sensível que se conhece, e que, portanto conhece a sensibilidade.»
Nele, as emoções são objeto de fina análise, através da imaginação verbal, o que lhes dá uma poeticidade única.
(E depois há o leitor que insiste na identificação, umas vezes, narcísica, outras vezes, malévola, sem esquecer o leitor besta, mas doutorado... )
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