Ser ministro pressupõe disponibilidade para mudar de vida…
Nas análises que vêm sendo feitas, por exemplo, de Nuno Crato, há um traço comum: o conservadorismo do cidadão. Rebuscam-se a obra publicada, entrevistas dadas, artigos dispersos para o crucificar.
Ninguém quer saber das linhas programáticas do novo ministro para o ensino e para a educação; ninguém espera para verificar se a inteligência, que, apesar de tudo, lhe é reconhecida, trará um novo rumo, uma nova equipa capaz de redefinir as prioridades com menos despesa, melhor aproveitamento dos recursos humanos e, sobretudo, com efectiva melhoria das aprendizagens.
À partida, nada nos garante que um progressista faça melhor do que um conservador. O que está em causa é compreender se o ministro tem um projecto adequado à realidade, e se é capaz de se rodear de uma equipa homogénea que, longe dos holofotes, sirva a colectividade.
O problema é que há demasiadas luminárias!