Sem checklist, e à medida da experiência de cada um!
Na tragédia antiga, os indícios criavam cumplicidades com o espectador, dirigiam-lhe a imaginação e impediam-no de naufragar no pântano das emoções ou no calculismo dos argumentos. Sem eles, não havia experiência!
Hoje, nada deve ser deixado a cargo da experiência! Se não for possível guardá-la numa prateleira, o melhor é submetê-la ao filtro da evidência (conjunto de itens que devem orientar o observador) com o fito de desmoralizar o “esperto”… E o melhor caminho é o da quantificação, pois a excelência impõe entre 2 e 4 evidências. E porque não entre 3 e 5 evidências?
De qualquer modo, prometo que, de futuro, só voltarei a falar de evidências, se algum distinto observador tiver aplicado uma checklist de 7 itens a cada uma delas…
De acordo com o meu amigo Jorge Castanho, este novo linguajar não passa de uma forma de legitimar o poder daqueles que tudo fazem para “matar o pai”. E eu concordo e estou farto de dar o peito às balas de usurpadores incompetentes.
Em criminologia, creio que os investigadores ainda se contentam em descobrir os indícios, pois a experiência lhes diz que as evidências já condenaram muitos inocentes à forca ou à cadeira eléctrica.
Claro que este discorrer parece incoerente, mas a coerência não existe, conquista-se seguindo pistas (as antepassadas dos indícios!) em trilhos invisíveis a qualquer EVIDÊNCIA.
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