O dia de hoje foi um pouco diferente do de ontem. Com menos frio. Continuei, no entanto, a corrigir trabalhos de última hora, alguns reflexo de enorme preocupação dos autores em melhorar os seus desempenhos. Já há quem seja tão perfeccionista que corrige e reformula as vezes que eu quiser!
Estou a referir-me a um conjunto de jovens que, provavelmente, se submetidos ao Programme for International Student Assessment (PISA), obteriam resultados que permitiriam, por extrapolação, colocar Portugal nos píncaros da Lua.
De qualquer modo, mesmo que esta amostra possa compensar as inúmeras horas despendidas, fica sempre a frustração de que muitos estudantes não valorizam nem a leitura nem a escrita e, sobretudo, o desespero de que estas ferramentas são cada vez mais utilizadas de forma desonesta.
Ao contrário de Daniel Sampaio que pede que «não nos esqueçamos de que os dados do PISA são uma boa notícia que os nossos jovens nos trouxeram» (Pública, 19.12.2010), eu creio que se trata apenas de resultados que procuram tapar o sol com uma peneira.
(Continua por demonstrar como é que Portugal passou a estar na média da OCDE – entre a excelência e a desonestidade a fronteira é ténue.)
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