15.5.14
Idade, tempo de serviço e descontos para efeito de aposentação
14.5.14
A fatuidade
Tudo é distância! Ela é imperatriz, é déspota, fatal, loura, granítica, frígida... vaidosa, mortífera. Ela é romântica, importada do Norte, protestante...E ele, aos 19 anos, não querendo ser confundido com o vulgo burgesso e maledicente, refugia-se na vingança e no cinzel...e vai escangalhando, poema a poema, a catedral romântica e ficando só...
( Este é o resultado da falta de comparência de quem, presumido, prefere a fatuidade...De qualquer modo, ainda não desisti... )
13.5.14
Saber relacionar Fernando Pessoa com Eça de Queirós
Houve tempo em que também eu fui professor de Didática, reconhecendo o papel da erudição... De qualquer modo esta não basta. É preciso saber relacionar não só o que está longe como o que está perto. Para Fernando Pessoa, Eça de Queirós era uma fonte inesgotável... É só lê-los!
12.5.14
Falho de humor...
ou até caindo...
11.5.14
O encanto da Fonte da Telha
| Hoje, fui à Fonte da Telha. Lá verifiquei que levam muito a sério a recomendação do Ministério do Ambiente. Nada mudou nas últimas décadas: o pó, o lixo, os cães, os quintalejos, as construções clandestinas, tudo misturado com bares e restaurantes prontos a servir uma clientela mais fina… e a areia, muita areia para os pobrezinhos…. | |
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Como ainda há sol e praia, o melhor é deixar que cada um viva ao seu ritmo. Por mim, prefiro o azul filtrado pela palmeira (reminiscência infantil!) e a encosta verdejante, sob a ameaça da escarpa…
Sempre gostei de escarpas e de falésias! Elas, pelo menos, protegem-me das areias tórridas do deserto…
10.5.14
A europa barbuda
Digressão pessoal
Desde que a penugem me começou a atormentar que a deixei seguir o seu caminho. Várias foram as vezes que tentei ver-me livre dela, mas as infeções aconselharam-me a desistir de a domar.
Prometo que ainda hei de regressar a Murfacém e lá procurarei uma cisterna árabe que, provavelmente, guardará todo o meu amor à pátria... Só espero não encontrar a conchita austríaca!
9.5.14
Sinto-me cada vez mais longe
O plano é inclinado, sinto-me cada vez mais longe. Podia dar liberdade ao corpo, deixá-lo ir, mas vejo-o tropeçar, despenhar-se na escadaria… O cérebro já não controla os olhos – difusos, vagueiam desorientados – as mãos deixam de ser tenazes e as pernas parecem de borracha…
Paro no meio da ruela, ofegante, e penso “quem é que me trouxe até aqui”. Já não estou em mim, não por capricho, mas porque apenas oiço um vozear interminável…
Há quem pense que lhe faço falta, mas tal mais não é do que um sobressalto amigo.
O problema é que cheguei a um ponto em que nem à quietude posso aspirar… talvez ainda pudesse inquietar. Mas quem? E para quê?
Na rua nem folhas há! Varreram-nas não fosse eu escorregar…
Lá ao fundo mais não fazem do que atrasar-me a corrida!