Estamos num tempo de fatuidade. A notícia vive um instante e morre por mais que a repitam.
Houve tempo em que a beleza, porque efémera, só podia ser vista à luz de um Ideal. Por outro lado, ainda não há muito tempo, a beleza podia não ser fátua, se interior. A beleza interior inspirava e compensava-nos da eventual fealdade exterior. Neste caso, a fealdade era um produto da imaginação, porque particular...
Em Cesário Verde, é a distância que cria a fronteira social e económica que corrói o modelo de beleza "Dizem que tu és pura como um lírio (...) e que eu passo por aí por favorito.»
Logo que a beleza cai na boca do vulgo, ela torna-se chiste, frustrando qualquer tipo de aproximação do "eu", obrigando-o a ocultar o que nele havia de sedutor-seduzido...
Tudo é distância! Ela é imperatriz, é déspota, fatal, loura, granítica, frígida... vaidosa, mortífera. Ela é romântica, importada do Norte, protestante...E ele, aos 19 anos, não querendo ser confundido com o vulgo burgesso e maledicente, refugia-se na vingança e no cinzel...e vai escangalhando, poema a poema, a catedral romântica e ficando só...
( Este é o resultado da falta de comparência de quem, presumido, prefere a fatuidade...De qualquer modo, ainda não desisti... )
Tudo é distância! Ela é imperatriz, é déspota, fatal, loura, granítica, frígida... vaidosa, mortífera. Ela é romântica, importada do Norte, protestante...E ele, aos 19 anos, não querendo ser confundido com o vulgo burgesso e maledicente, refugia-se na vingança e no cinzel...e vai escangalhando, poema a poema, a catedral romântica e ficando só...
( Este é o resultado da falta de comparência de quem, presumido, prefere a fatuidade...De qualquer modo, ainda não desisti... )
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