Tenho para mim que devemos fazer sempre tudo o que está ao nosso alcance para resolver os problemas. Mas esta minha convicção pouco ou nada vale.
Se a gasolina está mais cara, as vozes do costume dizem: congelem-se os preços. E Ninguém quer saber das vantagens desta situação: diminui a poluição, cessam os engarrafamentos, o governo começa a pensar na solução ferroviária, as auto-estradas tornam-se desnecessárias. Basta lembrar os milhares de camiões que percorrem as estradas nacionais e europeias para nos abastecer. Se à solução ferroviária aliássemos uma maior aposta na agricultura, nas energias alternativas e nas novas tecnologias, talvez ficássemos menos subsídio-dependentes e descobríssemos finalmente a Índia dentro de nós.
Se as escolas são confrontadas com um novo modelo de gestão e de avaliação, as vozes do costume gritam: congele-se a mudança. Mudar para quê? Ninguém quer saber se há alguma vantagem: uma planificação a tempo e horas, capaz de combinar a prática lectiva com a intervenção na escola e na comunidade, capaz de suportar a formação contínua com a avaliação docente, é adiada para o calor da refrega que se anuncia para Setembro.
Afinal, estamos em Portugal! Mas com uma pequena diferença: a Índia de outrora não existe mais. As especiarias, os escravos, os judeus, a cana, o ouro, o alcool, os diamantes, o cacau, o caminho de ferro de Benguela, Cabora Bassa, o petróleo, os emigrantes, os imigrantes, o turismo, o euro, tudo tem um fim.
nos somos pseudo novos-ricos. falta o rico. mas o pseudo esta ca.
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