17.10.08

Juliette Greco no CCB

Ao ouvir a voz ora máscula ora maviosa  desta criatura, longilínea, e toda vestida de preto, nascida a 7 de Fevereiro de 1927,  penso  na foice que dizima os campos da vida, entoando loas à morte. E a velha dobra-se até aos joelhos num gesto de agradecimento que convida a segui-la pelos caminhos do tempo que não volta mais. Et le temps s'en va... le temps s'évanouit...

A  meia plateia, que rescendia a nostalgia dos anos 50 e 60,  espelha o declíneo da cultura francesa em Portugal.

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