O tema poderia ser a avaliação do desempenho docente e o modo como as organizações a abordam. Mas não é, de todo.
Como diria MIA COUTO, cada professor é uma raça! Ou ainda como refere Aquilino Ribeiro, em Domingo de Lázaro, ficcionando a sua experiência docente no Liceu Camões, em 1914:
«Se há profissão que fomente a autolatria e a hipertrofia do eu é o magistério. Todos os magistérios. Cada professor é uma filosofia, uma política, uma universidade (...) No ensino secundário, por certo o mais abalizado, que tem os seus dramas de hiperestesia e recalcamento, cada professor pensa por sua cabeça e reage à sua maneira.»
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A liberdade é absoluta. Cada um faz o que entender. Não serei eu a atirar a primeira pedra!
No entanto, mesmo aqueles que declaram que não é necessário uniformizar, dar instruções, acabadas as reuniões, solicitam permanentemente explicações e soluções que não os deixem desemparados na hora da verdade. A maioria dos professores interroga-me, todos os dias, sobre como fazer, como aplicar a lei.
A Lei ainda pesa...
Por isso, tenho vindo a elaborar "ferramentas mínimas" que poderão ser utilizadas ou não, de acordo com a consciência de cada um. E quando as disponibilizo, faço-o para todos..., mas a opção é do avaliado... Só quando dispomos da totalidade da informação é que somos livres na escolha!
Em conclusão, o meu objectivo é que avaliadores e avaliados conheçam todas as regras do jogo e só isso... Se ajudar tanto melhor! Caso contrário, não será necessário recorrer à Lei para que me retire. Basta que mo digam, no sítio certo.
Manuel Gomes
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