Responsável involuntário por um departamento curricular de línguas, interrogo-me sobre o que fazer com ele. Um departamento, histórica e geneticamente, dividido. Aparentemente, o primeiro objectivo seria eliminar a fronteira, gerando estratégias de socialização…
No entanto, sinto que o legislador ao criar esta estrutura procurou criar relações hierárquicas em vez de desencadear processos cooperativos…
E por isso creio que a única forma de combater aquele propósito passa por colocar o departamento ao serviço do aluno, procurando contribuir para a sua educação plurilingue e intercultural.
Neste sentido, proponho que sejam desenhadas duas novas estratégias: - uma plurilinguística e outra literária.
O departamento deverá, doravante, apostar estrategicamente na oferta plurilingue: Latim; Português; Português Língua Não Materna; Espanhol; Francês; Inglês e Alemão… Assim como deverá apostar na educação literária, nas dimensões europeia, lusófona e local.
Assim, não só o departamento curricular de línguas poderá vir a oferecer novas disciplinas como, talvez, necessite de repensar a sua oferta no que se refere à área de projecto.
E para que estas ideias possam ser inscritas nos projectos educativo e curricular da escola é necessário encontrar quem queira, em equipa, levá-las à prática…
A ideia parece-me aceitável, porém a sua execução (tanto em termos de uma gestão equilibrada da oferta como de executantes disponíveis) corre o risco de encalhar nas margens - sejam elas quais forem. O tempo o dirá!
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