8.1.10

Desarrumo na fronteira…

Acordo, casamento, pacto… entre o mesmo sexo (ME/Sindicatos; Homem/Homem – Mulher/ Mulher; Governo /Oposição…) Sem esquecer o Pinto da Costa que, ao contrário de Orpheu, eliminou finalmente a fronteira que separa a vida da morte …

O impossível perde, a cada passo, o prefixo, atirando-nos para o jardim das delícias…

Um jardim, para mim, inefável… tal como Lídia Jorge o define, ao interrogar o futuro, sem perceber que este já não é inevitável: «E o inefável é aquilo que sucede de forma tão densamente expressiva que se torna impossível analisá-lo ou sobre ele falar, para reutilizar a própria semântica da palavra.» Contrato Sentimental, 2009

Ainda perplexo, pensei que era melhor esquecer o dia, quando compreendi que este era diferente dos anteriores. Afinal, a chuva cedeu o lugar ao frio, impedindo-me de mergulhar nas águas regeneradoras da euforia… e, de súbito, regresso aos PARAÍSOS ARTIFICIAIS de Jorge de Sena: Inefável é o que não pode ser dito.

Não há mais pardieiros, promiscuidade, compadrio, censura, mediocridade… no meu país.

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