18.3.14

Três notas sombrias

I - Sempre  gostei da convicção e do sentido de humor de Medeiros Ferreira (1942-2014). 
Homem sólido na argumentação, profundo conhecedor do passado que lhe servia de trave-mestra para projectar o futuro, habituei-me a escutá-lo com atenção...
Incómodo para muitos, sem voltar a cara à luta, viu-se preterido por jovens turcos sedentos de poder. E por isso o país perdeu ao não aproveitar plenamente o seu conhecimento, a sua inteligência, a sua visão...

II - E a propósito de outros jovens, não posso deixar de anotar quão desagradável é lidar com juvenis certos de que já são adultos, que a toda a hora gritam a sua mediocridade, apesar de convencidos que já encontraram a chave do mundo...
          um mundo pequenino, todo feito de grunhidos, empandeirado, tolo.

III - À porta fechada, Passos e Seguro negociaram, convencidos da «insanável divergência». Em política, não pode haver lugar para discordâncias irremediáveis. E se tal acontece é porque a classe política não passa de um bando de jovens turcos, de juvenis convencidos!

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