A propósito de mitos fundadores desta pátria tão maltratada, aqui registo o lugar identitário, físico e duplamente simbólico…
Como a identidade não é apenas de natureza nacional, assinalo, também, para os que vão passando pela Escola Secundária de Camões, o nome de SEVERO PORTELA, cuja obra merece ser visitada no Museu Municipal de Almodôvar.
Nota 1: Severo Portela terá frequentava o Camões em 1918, à data da pneumónica.
Nota 2: «Grassando em Espanha desde Maio de 1918, a gripe pneumónica detecta-se já em Portugal em finais desse mês. Em Leiria, o primeiro caso de morte registado, devido à gripe, data de 4 de Junho de 1918. Da fronteira terá irradiado para o litoral a partir de dois pólos distintos: um, situado mais ao Centro, envolvendo concelhos raianos dos distritos da Guarda e Castelo Branco e o outro, mais a Sul, englobando concelhos dos distritos de Beja e Évora. Progredindo rumo ao litoral, a gripe, na sua primeira onda epidémica, entre finais de Maio e meados de Julho, rapidamente atingiria os grandes centros urbanos de Lisboa e Porto. A partir destas áreas metropolitanas, na segunda e última vaga epidémica, de início de Agosto a finais de Novembro de 1918, estender-se-ia a todo o território continental, provocando uma autêntica razia demográfica, com graves repercussões sociais e económicas.»
Nota 3: - «Nunca vi uma coisa destas, Tibúrcio! Em Lisboa no Convento das Trinas e no Liceu Camões tiveram de improvisar hospitais de campanha, e está em curso a criação de uma comissão de socorro cá para Sintra. Até médicos retirados tiveram de ser chamados, imagine!»
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