«Penser, c'est avant tout vouloir créer un monde (ou limiter le sien, ce qui revient au même).» Albert Camus, La Création Absurde
Criar um mundo aqui, para quê?
O que sei é que o simples registo daqueles que encontrei é inviável, primeiramente porque a memória pessoal se foi debilitando, talvez porque no momento certo faltou o tempo; depois porque o outro pode não sentir qualquer necessidade de integrar o mundo a preservar…
Ainda se escrevesse um romance, poderia limitar esse mundo às relações de antipatia e de simpatia, mas se no momento certo faltou o tempo, a única saída seria dificílima porque as personagens nunca chegariam a ter relevo, consistência, uma ideia - não passariam de traços inconsistentes, absurdos…
Pensar aqui, para quê?
Apenas, para dizer ao Tempo que estamos aqui e que, apesar de sós, não estamos sozinhos na sua companhia...
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