6.1.19

Nomear cansa

Não chego a perceber se o inominável existe ou se este não passa de um anseio de rejeição de tudo o que poderia nomear. 
Mas nomear cansa… 
Ainda se nomeasse um inesperado deslumbramento - talvez a ave minúscula que me confunde na vegetação do frondoso jardim de Gonçalo Ribeiro Telles… O que é feito dele? Se calhar continua a desenhar círculos de água… 
(Distante do saco de Eça de Queiroz - que estranho - tenho dificuldade em imaginar a mochila queirosiana; um tablet evitaria aquela conversa pedante de quem nunca quis ler duas páginas seguidas nem sabe que as aves mergulham nos círculos do arquiteto…)
Abro na página 944..., e logo me encolho ao vislumbrar a insânia de um inquisidor insaciável… e ainda há quem se revolte, como se o lucro não fosse o valor dominante...

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