17.6.20

Já não há barqueiro!

Mas não é inda o fim. Inda é preciso
Que a morte me desmembre em outro, e eu fique
Ou o nada do nada ou o de tudo
E acabe enfim esta consciência oca
Que de existir me resta.
(F.P., Fausto na taberna)

Pense o Fausto o que quiser sobre o modo de ficar, pouco interessa. Nesta vida, só a consciência atrapalha, porque desaprendemos de viver o tempo - essa inexistência que pesa fora das tabernas, das adegas e dos bares deste mundo...
O tempo é o produto da suspeita de finitude, onde o barqueiro deixou de ser necessário.

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