26.8.12
Ao lado da N103
25.8.12
Depois da chuva…
23.8.12
Vilar da Veiga…
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E talvez tenham alguma razão! No entanto, o estado e os empreendedores nacionais continuam a procurar o «eldorado» bem longe, desprezando o que a natureza nos vai oferecendo.
Na minha memória, entretanto, vai permanecer uma paragem de autocarro colocada diante de uma passadeira que deve ter equivocado o motorista, pois apesar de por ali passar três minutos antes da hora prevista, deixou três passageiros «pendurados» à espera do autocarro seguinte… Claro que uma hora mais tarde percebi que o senhor motorista estava em fim de turno e quanto mais cedo estacionasse o veículo à porta de casa, melhor!
Diga-se, de passagem, que nunca percebi por que motivo, seja no Gerês seja em qualquer outra localidade, os motoristas de transportes públicos podem estacionar os autocarros à porta de casa…
20.8.12
Aguada de Baixo–Águeda
MCG
5.8.12
O fotógrafo
«O etnólogo em exercício é o que se encontra em qualquer parte e que descreve o que observa ou o que ouve nesse mesmo momento.» Marc Augé, Não-Lugares
O fotógrafo é, assim, um etnólogo involuntário. Captura, num momento, linhas de tempo distintas, formas circulares, verticais e horizontais. Captura o grupo e a individualidade, a luz e a sombra…
… e deixa o Infante a enxergar o lado errado da missão, ao contrário do ciclista que segue confiante, mesmo que, amanhã, caia no desemprego.
Mas esse detalhe pouco importa ao etnólogo!
/MCG
5.7.12
Vingado
30.3.12
Registo
A presença destas sepulturas desperta em mim a ideia da voracidade tempo, fazendo-me sentir o quanto este registo é inútil.
29.3.12
Camping Rosário - Alandroal
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11.3.12
Alguma cor…
14.1.12
A cinza!
É apenas uma rua sem princípio nem fim, dois ou três portais alçados; por eles sobem (ou descem?) três irmãs declinadas, e desde sempre enlutadas…
Perdidas as três irmãs, ficaram-me, indistintos, vários atalhos… e uma rua sem princípio nem fim!
17.12.11
Presépios
Pelo reduzido número de campistas, mais parece que estes é que foram eliminados!
15.12.11
Em tempo de metáfora…
Ainda atordoado pela «rica imagética» da insuspeita metáfora do grito de guerra socialista:«Não pagamos! Não pagamos!», desço o atalho à procura das “Quedas de Água” do Alviela, e, subitamente encontro o “Diabo”, conhecedor dos versos de Camões e provável zelador do escaqueirado moinho manuelino.
E, por instantes, pensei que deveríamos ser obrigados a pagar a dívida. De qualquer modo, já vamos no III ato socialista: a) a dívida de um país pobre é eterna; b) Sócrates é dispensado pelo ministério publico de testemunhar a favor do reitor da Independente, pois o Arouca receou que a Autoridade socrática o prejudicasse; c) um deputado juvenil ameaça os banqueiros alemães de lhes partir as pernas, metaforicamente – o zorrinho, por seu lado, descobriu no seu associado um novo Dr. Libório…
Não tenho a certeza, mas penso que terá sido Pierre Fontanier que, um dia, farto da ignorância dos seus detratores terá afirmado que «tudo é metáfora!».10.12.11
Em Marvila, na Igreja de Santo Agostinho
Às 16 horas, na Igreja de Santo Agostinho, em Marvila, Ana Paula Russo (canto) e Carlos Gutkin (guitarra) interpretaram, com rigor e virtuosismo, canções populares e tradicionais de natal e espirituais negros.
3.12.11
Se me sentasse naquele banco…
Se me sentasse naquele banco, ficaria de costas para o lugar onde, dizem, vi a luz do dia. Considerando o tempo já passado, a disposição é a mais adequada, pois esse tempo está cada vez mais distante. O lugar ali está, embora desativado… Já ninguém ali nasce! Nem sei mesmo onde é que hoje é suposto nascer! E sobretudo que eu saiba ninguém ali segue a regra do Carmo…
Sintomaticamente, se me sentasse naquele banco, continuaria a ver, como no primeiro dia, o quartel cuja origem remonta a 1806, o Regimento de Cavalaria nº 3, também ele desativado…
Embora, por segundos, tivesse pensado em subir a rampa e sentar-me ali de costas para o tempo já passado, não o fiz, não fosse a cavalaria carregar sobre mim.
Mas, deveras, o banco, em frente da igreja do Carmo, lembra-me um certo tempo de austeridade, de trabalho e de silêncio e tão intensa é essa presença que já não estou certo que aquele banco esteja de costas para o tempo já passado…
19.11.11
29.10.11
Alexandre Herculano - o anonimato
À beira-estrada, era possível ver que ali, na Azóia de Baixo, na Quinta de Vale de Lobos, residira um homem ilustre, que terminou os seus dias, longe da Corte, a produzir azeite – herculano. Um belo exemplo de civismo!
Hoje, para quem passa, não há uma placa que assinale o lugar onde o historiador se refugiou, apesar de por lá terem sido plantadas, a partir de 1999, 150.000 oliveiras num sistema de rega importado do Canadá.
Sugestão: Se ainda é o senhor Joaquim Santos Lima que dirige a exploração, peço-lhe que aproveite umas gotas dos subsídios que recebe da União Europeia para assinalar aos transeuntes que ali se produz um azeite com tradição, mas, também, que por ali paira o espírito de Alexandre Herculano.
E já agora acrescento que também não gosto de ver uma ponte romana escondida por um canavial por entre o qual corre uma água suja que aparenta não ter apenas origem nas recentes enxurradas…
/MCG
9.9.11
Ericeira com Ministro
Quando atravesso o concelho de Mafra, fico sempre com a sensação de que entro noutro país. Um país de pombas, gaivotas e cogumelos, cercado de praia e campo, e que, ao fim da tarde, se liberta da cerração imposta pelo denso nevoeiro. Um país de construtores, descoberto pelos desportos radicais, que passa ao lado da dívida…
Ou será um jardim, como a Madeira de Alberto João?
26.8.11
Sobreposições…
A composição não deixa ouvir a música dos dias. Os músicos abandonaram os instrumentos. O maestro preferiu fugir da orquestra. No entanto, das nuvens escorre a luz que ilumina os dias de quem abre os olhos e não entende porque se elevam edifícios tão desiguais.
10.8.11
Cacela e a poesia…
| Em Cacela Nova, bem procurei o último livro de José Carlos Barros, mas só encontrei alfarrobeiras! (Nem Rumor!… nem Inês!) No entanto, ao interrogar um “vizinho” sobre o pomar, acabei por perceber que está na hora da colheita da alfarroba que, infelizmente, irá para a Espanha. Pobre indústria transformadora! Em Cacela Velha, o Forte é património das forças da ordem… Mas, a poesia ocupou o lugar (e a toponímia). A força dos poetas está bem visível, desde o tempo árabe à actualidade. Alheio à força humana, o oceano, quase azul, abraça a terra e perde-se no verde estival. ( Nós, a pé, lá fomos e regressámos, sob a canícula, à vetusta estação de Cacela.) |
8.8.11
A Sul…
Apesar de continuar a pensar que Álvaro de Campos só “nasceu” em Tavira porque o local, a Sul, abria para o ‘splendor do Longe pessoano, acabo de encontrar a “casa” que simpaticamente lhe foi atribuída pelo município.
De facto, é bem mais fácil alojar uma criatura “fingida” do que um pobre diabo de pouca carne e já escaveirado! O próprio Pessoa o sentiu na pele…
E, aqui, Álvaro de Campos que, a certas horas, aborrecia a leitura, também, tem a sua Biblioteca!
( Aos poucos, as criaturas vão ofuscando o criador!)