4.9.11

Cúmulos e bibliónimos…

Escrevo “a partir de hoje vou adotar O novo acordo ortográfico da língua portuguesa” e logo surge a dúvida da correta ou incorreta redação. Acabo de registar um bibliónimo ou não?

Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa o que é que designa? - Um topónimo? Um antropónimo? Uma instituição? Um ponto cardeal? Um título? Um axiónimo? Um hagiónimo?

Já agora como é que se explica a presença do /h/ nas palavras “hoje” e “hagiónimo”? E porque é que o “cardeal” não troca o /e/pelo /i/?         

Será por respeito à etimologia?        Hodie”> “hoje”; “cardinales”> “cardeais”…No último caso, a etimologia deveria, pelo menos, ceder o lugar à tradição cardinalícia!

O que é extraordinário é que os defensores da manutenção, de forma aleatória, do critério etimológico são os mesmos que eliminaram o grego e o latim dos programas nacionais…, sem falar do árabe.

3.9.11

Na gáspea!

Olho e interrogo-me: - O que é que nos falta? Inteligência? Aplicação?

A distância deixou de ser obstáculo! No entanto, estamos cada vez mais longe!

De facto, o único instrumento que sabemos usar é a tesoura! Já nem os guindastes nos salvam!


2.9.11

Setembro

Olho e não entendo. O Outono ainda parece longe, mas as chuvas de Setembro chegaram para amadurar o figo e a uva, reduzindo a colheita, apesar de haver quem defenda que a água-ardente e o vinho serão mais encorpados. De qualquer modo, que interessa a qualidade!

E é esta falta de entendimento que incomoda: não querer saber que o Outono quando chega traz prejuízo, mas, também, pode ser um tempo de qualidade.

Sem pressa e sem egoísmo, é possível reavaliar as situações e encontrar novas soluções…

Entretanto, não compreendo para que serve um Governo que ceifa e não semeia!

Quando o terreno é pedregoso e seco, há que aproveitar as chuvas de Setembro e lançar as primeiras sementes à terra para que, pelo menos, algumas possam germinar.

Ontem e hoje, choveu… mas só vi e ouvi reis magos…

/MCG

30.8.11

Falsos amigos…

Quando no “post” de 28 de Agosto me referi à violação de imagem e, consequentemente, à partilha pública do “carácter” de alguém, é preciso clarificar que o alvo não é nem distante nem indefinido.

A imagem aproxima e define.

No exemplo aludido (fonte: facebook), quem filma e quem partilha convive / conviveu   diariamente com a vítima, mostrando-se, muitas vezes, “amigo/amiga”.

Um smartphone, numa sala de aula, grava som e imagem, permitindo a fácil manipulação dos dados recolhidos.

Para aqueles que não sabem o que leccionar na formação cívica, eis uma matéria que deveria ser obrigatória: aprender a respeitar o outro, sobretudo quando ele nos presta um serviço.

PS: Como não sou um sicofanta, mais não digo porque para bom entendedor…

28.8.11

A máscara…

Quando nos aventuramos nas redes sociais, encontramos cada vez mais imagens furtivas. Furtivas porque os alvos não sabem que estão a ser filmados e que vão ser objecto de difamação.

Os autores desta desacreditação, ao colocarem na rede imagens obtidas furtivamente, activam antigas e inesperadas cumplicidades pensando obter, deste modo, impunidade. Até quando?
Ao contrário do que se poderia supor, a máscara surge cada vez mais cedo, tendo deixado de significar representação /galanteio para se tornar num indicador de ludíbrio.

26.8.11

Sobreposições…

 A composição não deixa ouvir a música dos dias. Os músicos abandonaram os instrumentos. O maestro preferiu fugir da orquestra. No entanto, das nuvens escorre a luz que ilumina os dias de quem abre os olhos e não entende porque se elevam edifícios tão desiguais.

25.8.11

Relampejos…



O vazio perturba o caminhante. Prédios que escondem quem não quer ser visto ou, talvez, os residentes sejam descartáveis! Ancorado no porto de Lisboa, o Funchal espera. - O quê? – Que o libertem do jugo continental?
Polícia montada na Avenida Infante D. Henrique em tempo de crise? Pelo aspecto, ainda estamos longe das pilecas dos escudeiros vicentinos. Mas lá chegaremos!
«Cada palavra, em Português, tem um único acento gráfico, agudo ou circunflexo que incide obrigatoriamente numa das três últimas sílabas.» Gomes, Aldónio, Escrever Direito, Ortografia, Clássica editora