11.3.09

A nova poesia…

Centenas de milhares de homens e mulheres são empurrados para a miséria; os filhos,  indiferentes, não compreendem que eles se tornam nas maiores vítimas, embora por culpa própria.

À pontualidade, à assiduidade e ao rigor dizem não. Educados na permissividade, fazem orelhas moucas à palavra dos professores. Por debaixo das mesas, enviam mensagens instantâneas para o colega do lado; de cabeça hirta, invertem a circulação do sangue, deixando que o olhar vazio se perca na brancura das paredes.

Como se a droga lhes corresse de cima para baixo, anestesiando-os e atirando-os para os braços da desistência…

Como vão longe os tempos em que fingir era imaginar / criar! Agora, fingir é mentir a si-próprio…

Fogem da dor e do esforço como o Diabo da Cruz. E acreditam que o futuro mora ao lado num bandeja de ouro…

E quando descobrem a grande mentira em que mergulharam, sentem ganas de destruir o mundo…

E começam a passar do desejo à acção ( da potência ao acto) numa viagem mutiladora em que Beatriz virou rosto de destruição…

É essa a visão dos novos poetas do século XXI!

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