9.3.09

No Jardim Constantino...

Que árvore será esta? Fica no Jardim (do) Constantino. Na passada 6ª feira, o escritor Mário de Carvalho prometia a uma plateia de jovens dos 1º, 2º e 3º ciclos e do ensino secundário que logo que chegasse ao escritório iria procurar quem fora o "Constantino" que designa aquele largo. Será que os jovens se aperceberam daquela preocupação do escritor?
No mesmo jardim, sob a reflexão de um ignorado e silencioso Prometeu, Mário de Carvalho lá foi explicando que não escreve deliberadamente para crianças, que as capas dos seus livros não são da sua responsabilidade, que a escrita de ficção lhe aconteceu um pouco porque os advogados gastam muito tempo a escrever sobre casos reais, que as suas personagens, na realidade, nunca existiram e que, portanto, não valerá a pena sair a procurar as fontes... E de si, deixou escapar que, aos 15 anos, começou a compreender a crueldade do Estado Novo que lhe perseguiu e prendeu o pai... Nesse tempo, frequentou o Liceu Camões (2 anos).
(E eu, ali sentado, ao lado do escritor, sem saber muito bem se estava nalguma cena de apanhados... tudo culpa da abnegada drª Isabel Pires, promotora da iniciativa... do externato Sá de Miranda.)

Quanto ao Constantino, terei de dizer que os actuais responsáveis pelo pelouro dos jardins da cidade de Lisboa não lhe chegam aos calcanhares.

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