"- Ingenuidade? -Talvez."
Constâncio, homem de boa memória e raciocínio jesuítico, admite que talvez tenha sido ingénuo. E porquê?
Porque nas organizações actuais predominam os laços ideológicos, interpartidários, locais, familiares e de casta. Aceites na "família", beneficiamos da solidariedade do "sangue", tornamo-nos impunes.
Constâncio retrata na perfeição como as unidades orgânicas do Estado funcionam sem efectiva avaliação e regulação externas. As "famílias" que nos governam tornam-se autocráticas e fogem da acribia como o diabo da cruz.
Entretanto, o povo volta as costas ao castelo e nem percebe que nem o chão que pisa é seu. Por isso, ou entra para uma "família" ou é extinto...
A resignação e a abstenção nunca foram boa companhia. É preciso ser cada vez mais exigente com quem não tem pejo em parecer "ingénuo" e, ao mesmo tempo, recorre ao ataque soez...
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