‘Nas eleições legislativas de 5 de Junho, 85% dos votantes sufragaram a solução dos credores.’ É este o argumento que dá início à ditadura democrática, porque a partir da agora só nos resta pagar e calar. Qualquer desacordo vai ser visto como inoportuno e como causa próxima do falhanço que nos ameaça.
Uns tantos passarão a manifestar-se nas ruas em defesa das “conquistas de Abril”, indiferentes à nova ideologia. Para esta, no entanto, a causa remota, está nessas mesmas conquistas.
Apesar de metade da população não ter votado nas recentes eleições, está aberto o caminho para a gestão do terror porque, aparentemente, 85% dos portugueses apoiam as medidas que os condenam à pobreza.
Em nome da transparência, criam-se e propagam-se falsas evidências. O cilindro da propaganda já está no terreno: abençoam-se os princípios e os objectivos, na expectativa que as estratégias sejam convincentes e os custos diminutos.
No caso das estratégias falharem, resta o recurso à força. ‘85% dos votantes sufragaram a solução dos credores.’
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