«Procura cada qual, por seu próprio caminho, a graça, seja ela qual for, uma simples paisagem com algum céu por cima, uma hora do dia ou da noite, duas árvores, três se forem as de Rembrandt, um murmúrio, sem sabermos se com isto se fecha o caminho ou finalmente se abre…» José Saramago, Memorial do Convento, 1982 |
São três árvores, as de Rembrandt, saídas das cinzas da noite, deixando, no entanto, que a luz do dia brilhe em fundo revolto. A vida humana decorre absorta, como se para além do claro-escuro nada mais existisse.
O subtexto de pouco serve a Saramago! Saiu do século XVII pela porta da irrisão, pois não consegue escapar ao desespero do grande arquiteto enredado no seu próprio labirinto.
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