Esta prova em nada difere das dos anos anteriores.
No Grupo I A, as operações exigidas são, por ordem: identificar e nomear qualidades; explicitar a intenção crítica; sintetizar opinião; explicar a mitificação do herói. Ao aluno é atribuída a tarefa de comprovação e não de descoberta das linhas de força do texto. Claro que as orientações continuarão a dizer que o objetivo visa testar a competência interpretativa do leitor… Esta forma de formular as questões não permite distinguir a verdadeira competência interpretativa, e a estatística encarregar-se-á de comprovar que vivemos num tempo de mediania…
No Grupo I B, é pena que em todo o MEMORIAL DO CONVENTO não tenham encontrado uma passagem mais adequada para ilustrar a necessidade de rescrever a História do Povo. A tentativa de individualização do herói popular mais não é do que um gesto voluntarista, mas inconsequente, pois a memória dos nomes próprios esfuma-se facilmente.
No Grupo II – A formulação impede o erro. As alternativas, em regra, são inverosímeis.
No Grupo III – O tema a POPULARIDADE, de certo modo, determinado pelo TEXTO do Grupo I A (de Camões), poderia conduzir a uma reflexão interessante sobre os caminhos que hoje trilhamos. Mas não! A instrução atira, de chofre, o aluno para os braços de programas televisivos de grande audiência e, sobretudo, para as redes sociais, diga-se, facebook. Pobres professores classificadores, vão ficar com a cabeça à roda com tantos pontos de vista!
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