«Há uma coexistência declarada na manifestação de protesto (...) - uma forma de coexistência que assume a instrumentalidade como uma máscara: a razão exterior invocada só como pretexto ou apelo à comparência é necessária, uma vez que esta forma de coexistência é o seu próprio objetivo e fim principal.»Zigmunt Bauman, A Vida Fragmentada (1995)
Só num Estado amordaçado é possível cercar uma manifestação de protesto sob o pretexto da razão exterior, do toque a reunir. Cercear um apelo à coexistência é não entender a necessidade de combater a política que isola o indivíduo, lhe corta os laços que o podem dignificar, tornando-o essencial ao bem comum.
O grupo é a expressão ativa da soma das vontades individuais de coexistência. Num Estado amordaçado, a alternativa à coexistência declarada é a ação direta - a anarquia.
Dentro de dias, iremos ficar a saber até onde este Estado quer chegar: se aceita a coexistência declarada ou se prefere o gesto anárquico.
No tribunal decidir-se-á quão próximos ou distantes estaremos da solução fascista.
No tribunal decidir-se-á quão próximos ou distantes estaremos da solução fascista.
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