Caminho sobre o pontão, e, durante alguns minutos, penso que não terei que voltar para trás e, sobretudo, penso que já escrevi que não posso regredir.
Mas não é verdade! Esgotado o betão, e não me atrevendo a lançar-me à água, olho o azul do mar dos evadidos Álvaro Cunhal e camaradas, e regresso sobre mim, contrariado, pois pressinto a traição da caminhada: um cansaço indizível apodera-se de mim e as palavras enredam-se esverdeadas num cercado abandonado…
/MCG
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