Um destes dias, dei conta que há verbos pouco afortunados. Por exemplo: tributar, endividar-se, falir. E quando tal acontece, preferimos abrir falência ou, melhor ainda, decretar falência, pois a responsabilidade deixa de ser nossa, tal como preferimos atribuir a dívida a outrem, em vez de reconhecer que passamos as horas a endividarmo-nos e sempre com a desculpa da tributação, outrora da corte, atualmente dos credores...
Não sei se chegámos ao sétimo dia da criação da dívida, mas consta que hoje é dia folgar: o governo conseguir negociar o adiamento do pagamento da dívida, aumentando o endividamento do país. Neste cenário, seria de esperar que o povo também pudesse viver com maior desafogo em 2014 e 2015... Mas não! Os cortes já estão inscritos no OGE... e a folga vai servir para alimentar o foguetório eleitoral que se aproxima.
Depois, em 2016, ergue-se a forca. Só resta saber quem será o enforcado! Pode ser que, não tendo o povo folgado, o feitiço acabe por se voltar contra o feiticeiro.
E como não gosto de surpresas, proponho, desde já ao ministro crato, a abertura de um curso profissionalizante de carrasco cujas habilidades tanto podem ser colocadas ao serviço do ministério da justiça como do ministério da agricultura (exemplo de ensino dual, em que eu me encarregarei de explicar a riqueza semântica do carrasco e seus derivados...)
Sem comentários:
Enviar um comentário