29.12.13

Nas urgências do Hospital de S. José

Apesar das loas ao Serviço Nacional de Saúde e ao atual ministro, Paulo Macedo, o que pude observar hoje no Hospital de S. José confirma que as pessoas idosas neste país não passam de "objetos" sem qualquer valor. 
Em termos organizativos, apercebi-me que os idosos não beneficiam de qualquer prioridade, ficando mais de uma dúzia de horas à espera dos exames clínicos, mais quatro ou cinco horas à espera dos resultados e sabe-se-lá quantas à espera da decisão clínica... que tanto pode ser o internamento como o reenvio para casa...
E não estou a especular: a esta hora, um familiar com mais de 91 anos está entregue à rotina, à morosidade de um sistema burocrático e desumano. E este familiar não está só; muitos outros idosos esperam anestesiados, uns, revoltados, outros....
Quanto aos restantes, às 21 horas havia pacientes que esperavam desde as 11 horas pela primeira consulta!

A desculpa para a concentração das urgências num único hospital é sempre a mesma: a crise financeira e a  inevitável austeridade! Parece-me, no entanto, que não há desculpa para o desrespeito pelas pessoas...

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