24.5.16

Ainda se o professor pudesse aplicar a extrema unção!

Esbaforido, só lhe importa saber quando é que pode realizar os testes em atraso. Não se importa de fazê-lo por atacado.
Outro, nem sequer aparece, mas manda mensagem ao colega para que ele coloque a mesma pergunta. Neste caso, respondo sempre do mesmo modo ao mediador: - Veremos!
Claro que ainda há aqueles que não aparecem nem dão qualquer explicação com ou sem recurso a mediador - colega, diretor de turma. Um destes dias, irão aparecer com o ar mais cândido, justificando que estiveram doentes e que já é tarde para realizar qualquer tipo de tarefa... 

Na escola pública, o professor, como o médico ou o confessor, tem de estar sempre disponível. Ainda se o professor pudesse aplicar a extrema unção! Não consta que algum moribundo tenha sido obrigado a prestar uma derradeira prova, a não ser a do temor de que o confessor possa estar farto de água benta... e chegue fora de horas...

Estes incidentes, noutros tempos, eram críticos, agora não passam de contratempos. 
Qualquer semelhança com a realidade é pura fantasia de quem se enganou na vocação.

Sem comentários:

Enviar um comentário